quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ela nasceu, nós renascemos

Parto cesariana marcado para 02/06/2014, segunda-feira 17hs.
As 17hs eu conheceria minha pequena, minha florzinha, minha princesa, mas ...
Sábado a  noite, ansiedade, medo, aflição? Juntou-se tudo.
Conversando com meu noivo até brinquei, e disse:
- Amor esse é o nosso ultimo fim de semana sozinhos.
Rimos e nos abraçamos ele estava mais ansioso que eu kkkk eu já estava sentindo a alguns dias, passei até no médico do PS na quarta-feira, pois estava com contrações fortes, mas era de treinamento, fiquei feliz perdi o tampão na terça-feira e estava com um dedo dilatado, já é um começo né kkk. 
Tá eu queria MUITOOOO parto normal, mas estava sofrendo demais com dores nas costas e na bacia por isso decidi adiantar com a cesariana.
Sexta-feira volto ao PS (recomendação médica) pra ver se dilatou mais e nada 1 dedo e ainda tive que ouvir, mamãe você pode ficar até 15 dias com 1 ou 2 dedos, até chorei que tortura D: mas ele me deu umas dicas dizendo:
- Se você quer parto normal, tente isso, ande bastante, tome banhos quentes com água concentrada no quadril aonde você sente o incomodo e na barriga, usando um sabonete com movimentos circulares e coma abacaxi, o máximo que você consegue, mas não exagere. Abacaxi tem a substancia OCITOCINA que acelera as contrações, se as contrações piorarem segure o máximo que você conseguir quando chegar naquela dor que você não aguenta mais, venha para o hospital está na hora.
Me acabei kkk, comi abacaxi, andei bastante, banhos longoooos e aos poucos as dores pioraram, mas nada insuportável.

Domingo de madrugada por volta de 03:30 da manha incômodos dores nas costas, sem posição ALGUMA para dormir, mas era normal já estava acostumando a ficar inquita na 
cama mas, dessa vez foi diferente, como meu médico disse:
- Você vai saber quando chegar a hora, seu corpo vai te comandar.
E foi o que aconteceu, vira de um lado vira do outro e as dores piorando e já perdendo o sono, as exatas 04:10 desisti de dormir, decidi levantar e tomar um banho, peguei o celular olhei a hora e fui para o banheiro, ooooh banho santo, como amenizava as dores, mas eu ainda não entendia o que estava acontecendo, sim eram contrações mas fracas, que só pioravam. estranhei o aumento das dores e decidi contar o intervalo delas.
4:37
4:49
4:56
5:01
Nada regular, imaginei é contração de treinamento ainda, sentei na mesa e comecei a fazer chapinha no meu cabelo já que estava sem sono, continuei contando no relógio as contrações
5:24
5:29
5:38
5:50
6:00
6:08
6:16
Dimidiaram, mas não tinha ritmo, terminei a chapinha e voltei para o banho, aliviava tantoooo as dores, minha vontade era não sair dali nunca mais, mas não tina água da rua,
acho que eu já tinha gastado metade da caixa, pensei maldade eu ficar aqui e depois o povo ficar sem tomar banho né, sai do banheiro e sentei no sofá, conversava com
minha vó, sobre as dores e ela dizendo para olhar no relógio, nada de ritmo, lembrei que na casa da minha sogra domingo era dia que tinha água da rua, ai acendeu aquela lampada... PLIIIM... Vou para lá 06:25 da manha acordei meu noivo:
- Amor me leva na sua mãe.
Ele arregalou os olhos e disse 
- Pra que?
Respondi
- Estou com dor, está piorando quero ficar embaixo do chuveiro que ameniza e hoje lá tem água, acho que é contração de verdade.
Levantamos nos agasalhamos, estava MUITOOO frio e fomos.
Cheguei lá fui direto pro chuveiro, contrações ...
6:43
6:49
6:53
6:59
7:06
7:15
7:21
Sem ritmo mas estava se aproximando.
Sai do chuveiro sentei no sofá e pedi para ele fazer massagem nas minhas costas e as contrações piorou muito mais, tentei dormir um pouco e nada.
Até que veio uma que quase me esguelhei de dor, supliquei kkkk
 - Me leva pra maternidade.
Minha sogra disse
- Essa menina vai nascer.
Como já diz o nome dela Santa, boca santa ela nasceu mesmo kkkk tudo o que ela diz sempre acontece.
Cheguei na maternidade 08:00hs fiz a ficha sentei e abracei meu noivo, o Dr. Dalison chamou, contei o acontecido, contrações ritmadas e muitooo doloridas, bora pro exame de toque quando eu ouvi, 
- Que perfeito mãezinha 4cm dilatados entrando no quinto. Vamos internar.
Já comecei a chorar, minha pequena iria nascer, podia demorar horas ainda, mas ela ia nascer naquele dia.
Voltei a recepção com os papeis de pedido de internação, já sorrindo contei pro meu noivo, ele que ainda estava dormindo, acordou na hora, entrou em desespero,
Não sabia o que fazia, pra onde ia, pra quem ligava kkk, a recepcionista pediu documentos e ele foi fazer minha internação, enquanto isso peguei o celular dele dele
e liguei para o fotografo, e mandei mensagem para todos que eu queria avisar, estava com muita dor pra ligar para todos.
Entrei pra me internar e ele foi em casa, pegar a mãe e irmã dele e minha vó, troquei de roupa e deitei no pré-parto, até que a enfermeira veio com soro, OOOOOH abençoado
soro, menos de um minuto que começou a descer piorou as contração em 100% kkk eu sentia muita vontade de fazer xixi, mas eu ia no banheiro e não conseguia fazer.
5min de soro e me deu vontade de fazer o numero 2, é bem assim, a vontade é a mesma. fui no banheiro umas 3 vezes  e nada saia, e a enfermeira dizendo que essa vontade é normal, mas da muitaaaa agonia, 9:35 Dr Dalison disse que iria estourar minha bolsa para adiantar o parto, MEU DEUS QUE MARAVILHA, santa bolsa estourada, as dores não tinham nem intervalos mais, 
continuas fortes QUASE insuportável, 7cm dilatados, eu mordia o travesseiro o colchão, me segurava para não gritar, pois a ultima cosia que minha vó me disse antes de sair de casa foi, não grite, é pior o bebe volta e demora mais para sair, segurei o máximo que pude, mas quando ela começou a descer, nossa que dor, dei um urro, diz meu noivo que até ouvir da recepção kkk
Gritei a enfermeira, pedia ajuda, Geovanna estava nascendo, chega a ser inexplicável, mas eu estava sentindo, ela saindo, ela descendo, ela coroando, sentia tudo, eu ria e chorava ao mesmo tempo,
minhas pernas tremiam eu não sentia mais meu corpo, ele mandava em mim, ele me dominava. Ningue me deu atenção, enfermeiras médicos, e absolutamente ninguém acreditou.
Até que gritei:
- Pelo amor de Deus em ajudem.
A enfermeira com uma cara de "saco" apareceu, resmunguei.
- Ela está nascendo, estou sentindo, me ajuda.
Ela levantou o cobertor que cobria minhas pernas, olhou e olhou e disse:
- Calma mamãe está tudo normal aqui, você está só com 7cm dilatados, precisamos de 10, você vai ficar um tempo sentindo essas dores ainda.
Levantei e fui ao banheiro, queria muito fazer xixi e não conseguia e a vontade de fazer o número 2 só aumentava.
Deitei de novo.
Fiquei mais 2 minutos me tremendo, mordendo, segurando os gritos, estava em trabalho de parto ativo, até que coloquei a mão lá em baixo, me desesperei, eu passei a mão no cabelo de Geovanna.
Novamente gritei a enfermeira.
- Pelo amor de Deus eu to sentindo a cabeça dela, eu peguei aqui, socorro.
A enfermeira voltou com uma cara pior de antes, levantou o cobertor e gritou.
- Dr. Dalison, a menina ta nascendo, o médico se assustou e gritou.
- Prepara a mesa de parto, (disse o nome de outra enfermeira), e você traz ela, menina segura um pouco por favor.
- OQUE? COMO ASSIM? COMO EU VOU SEGURAR UMA CRIANÇA QUE QUER NASCER, ALIAS QUE ESTÁ NASCENDO?
Começou o corre corre de médico e enfermeiros, pedi a enfermeira, 
- cadê meu noivo?
Ela disse que iria chama-lo, cada segundo era precioso, minha filha estava nascendo, meu corpo já estava anestesiado, eu me sentia dopada e ao mesmo tempo mais lucida tudo.
- cadê meu noivo? Repeti quando a enfermeira veio me buscar para em levar a mesa de parto.
- Ele está vindo. É tudo o que ouvia.
Eu tava com medo, com medo de não conseguir, com medo de ficar sozinha, com medo de algo acontecer, eu queria ele.
A sala de pré-parto era de frente a sala de parto, 3 metros era a distancia que eu tinha que percorrer, foi o caminho mais longo da minha vida, com ajuda da enfermeira um lençol entre as pernas
foi o que ela disse:
- Vou colocar o lençol se ela nascer eu seguro.
Já me desesperei, acelerei o passo, deu medo.
 Cheguei na sala de parto, cade ele? A enfermeira grita.
- Como é o nome do seu noivo.
- Ederson. Quase não saiu, e repeti.
Outra contração, eu estava segurando, o máximo que eu pude eu segurei, quis espera-lo chegar. Ouço de novo.
- Como é o nome dele?
- EDERSON. gritei, desabafei nossa que alivia, de segundos mas foi um alívo.
Depois ele me disse que ouviu me grito da recepção kkkkk
passou mais ou menos 30 segundos e perguntei.
- Dalison cadê meu noivo?
- Está vindo, mamãe assim que sentir vontade faça força segure aqui. Guiando minhas mãos até alguns ferros de apoio.
Em seguida a louca vontade de fazer força, foi só uma, intensa, demorada segurei a respiração e dei tudo de mim. 
Que alivio, Geovanna nasceu.
Foi quando vi meu noivo chegando correndo.
- 9:45, foi o que ouvi da enfermeira.
- Ela é a cara do pai. Disse rindo o obstetra.
- Eu te amo. Em seguida um super beijo.
1 minuto depois, e nada da minha pequena chorar, meu noivo peguntou.
- Está tudo bem com nossa filha.
Ele se calou e ouvimos o chorinho mais delicioso da nossa vida.
- Sim papai, ela é preguiçosa até pra chorar. Terminou o pediatra.
- Parabéns mamãe e papai ela é perfeita. Finalizou o obstetra

Ela nasceu, nós renascemos.






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